FUNDAMENTOS DAS GUIAS E COLARES DE CONTAS E MIÇANGAS.
O
uso de colares, pulseiras e talismãs é tão antigo quanto a própria
humanidade.
Todos
os povos antigos pesquisados adotavam o uso de colares confeccionados
com pedras roladas, seixos, dentes de animais, pérolas, penas,
sementes, pedaços de ossos ou de madeiras esculpidas, conchas, unhas
de certos animais, cabelos humanos ou crinas de animais trançados,
etc.
São
tantas as coisas usadas na confecção de colares que não nos é
possível listar todas.
O
uso com respeito de colares confeccionados de forma rudimentar se
perde no tempo, tendo começado em eras remotas, quando ainda
vivíamos em cavernas ou éramos nômades, mas precisávamos de
protetores contra o mundo sobrenatural inferior ou contra o perigo de
animais e insetos venenosos ou os malefícios feitos por outras
pessoas, etc.
Então,
que fique claro aos umbandistas que o uso de colares ou "guias
de proteção" não é uma coisa só da Umbanda ou dos cultos
afros aqui estabelecidos. Inclusive, os índios americanos também
usavam e ainda usam colares, braceletes, pulseiras e talismãs, tal
como fazia e faz o resto da humanidade.
Os
padres da Igreja Católica usam rosários, crucifixos pendurados no
pescoço (um colar, certo?), escapulários, etc., assim como todos os
sacerdotes da maioria das religiões atuais o fazem com seus colares
consagrados.
Enfim,
não há nada de excepcional, incomum ou fetichista no fato de os
médiuns umbandistas usarem colares de proteção ou de trabalhos
espirituais quando incorporados pelos seus guias.
O
uso de colares era tão comum na Antiguidade que originou a
ourivesaria e a joalheria como indústrias manufaturadoras de
colares, pulseiras, braceletes, talismãs, tiaras, etc., para atender
aos sacerdotes e aos fiéis mais abastados que preferiam ter objetos
de proteção confeccionados com pedras e metais preciosos e de
difícil aquisição pelo resto dos membros dos clãs ou tribos do
passado.
Reis,
rainhas, príncipes, imperadores, ministros, etc., que formavam a
elite dos povos antigos, não usavam colares comuns ou de fácil
confecção, mas recorriam a artesãos especializados para
confeccioná-los, tomando a precaução de terem colares únicos e de
mais ninguém.
Cadáveres
eram enterrados com colares, talismãs, etc., pois precisavam
proteger seus espíritos no mundo dos "mortos", assim como
haviam precisado deles aqui no mundo dos "vivos", e isso
acontece até os dias de hoje na cultura ocidental cristã, na qual o
uso antigo de colares mágicos e protetores perdeu seus fundamentos,
sendo substituídos por gravatas, lenços, cachecóis, fitas, etc.
que envolvem o pescoço dos vivos e dos cadáveres, certo?
Portanto,
irmãos(ãs) umbandistas, não se sintam constrangidos(as) por usar
em público colares ou "guias", pois não é em nada
diferente do que todo mundo faz.
Bem,
até aqui só comentamos o que é história e fato comprovável
observando os sacerdotes e fiéis de todas as religiões que, sem se
aperceberem disso, usam esse recurso mágico para se proteger do
mundo sobrenatural.
Logo,
o uso de guias ou colares, braceletes, pulseiras, tiaras (proteção
à cabeça ou coroa), etc. tem fundamento mágico e deve ser
entendido e aceito por todos os umbandistas como um dos fundamentos
mágicos da nossa religião. Desde o seu início, fomos instruídos a
usá-los pelos nossos guias espirituais, que os consagram e os usam
durante os passes mágicos energéticos dados nos consulentes em dias
de trabalho.
Só
que a maioria dos umbandistas compra colares, braceletes, pulseiras,
talismãs, etc. sem saber ao certo quais são seus poderes ou usos
mágicos. E vemos muitos médiuns com muitos colares belíssimos no
pescoço mas que, se perguntados sobre o porquê de usarem tantos de
uma só vez, responderão que seus guias espirituais lhes pediram.
E, se perguntados sobre os fundamentos de cada um deles,
infelizmente não saberão dizer quais são, porque isso não é
ensinado regularmente na Umbanda e o pouco que sabem foi ensinado por
seus guias espirituais.
Na
Umbanda não existem muitas pessoas preocupadas com os seus
fundamentos divinos, espirituais, mágicos, litúrgicos, etc., e
todos querem "resultados" e ponto final.
Só
que isso, essa falta de preocupação com os fundamentos, está
deixando de lado importantes conhecimentos e fazendo com que objetos
mágicos sagrados sejam utilizados de forma profana e objetos
profanos sejam usados como se fossem sagrados, pois já não há
informações correntes e de fácil acesso aos médiuns umbandistas,
ensinando-os corretamente e esclarecendo sobre quando e como usar
colares, braceletes, pulseiras, talismãs, etc.
E
não adianta os mais "antigos" ficarem contrariados por
essa nossa afirmação, pois ou não sabiam quais eram esses
fundamentos, e por isso não ensinaram aos seus filhos de fé ou
então, se sabiam e não ensinaram, são os responsáveis pelo que
está acontecendo com os novos umbandistas, que não têm quem ensine
nada a respeito, certo?
Bem,
vamos aos fundamentos ocultos dos mistérios dos colares, dos
braceletes, das pulseiras, dos anéis, das tiaras e dos talismãs e
como consagrá-los corretamente, beneficiando-se do poder de
realização que adquirem quando isso é feito por eles.
1º
– Um colar, anel, bracelete, pulseira e tiara ou "coroa"
é em si um "círculo".
2º
– Por círculo estável entendam aquele que tem forma imutável
(anéis e coroas).
3º
– Por círculo maleável entendam aquele que é flexível e
movimenta-se, abre-se ou se fecha segundo os movimentos do seu
possuidor, (colares, braceletes e pulseiras).
4º
– O círculo é um espaço mágico. E, porque é um, então
pode ser consagrado e usado para uma ou mais funções pelo seu
possuidor porque se torna em si um espaço mágico ativo e funcional
muito prático e fácil de ser usado.
5º–
É certo que esse fundamento só era conhecido dos grandes magos da
era cristalina e perdeu-se quando ela entrou em colapso, restando o
conhecimento aberto ou popular de que eram poderosos protetores
contra inveja, mau-olhado, fluidos e vibrações negativos, encostos
espirituais e magias negativas.
6º
– O conhecimento popular perdurou e acompanhou a evolução da
humanidade, e várias fórmulas consagratorias foram desenvolvidas no
decorrer dos tempos por magos, inspirados pelos seus mentores
espirituais.
7º
– Essas fórmulas consagratorias "exteriores" ou
exotéricas puderam ser ensinadas e perpetuadas, auxiliando a
humanidade no decorrer dos tempos.
8º
– Mas, lembrem-se disto: são, todas elas, apenas fórmulas
consagratorias exteriores ou exotéricas e cujos fundamentos ocultos
não foram revelados.
9º
– Assim, porque os fundamentos ocultos não foram revelados, o
poder dos colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras e coroas só
tem sido usado como protetores... e nada mais.
10º
– A Umbanda, derivada dos cultos religiosos indígenas, afros e
europeus, adotou o uso de colares, braceletes, pulseiras, anéis,
tiaras, coroas, etc. ainda que seus adeptos nada soubessem sobre os
fundamentos mágicos secretos existentes por trás de cada um desses
objetos. Índios brasileiros, negros africanos, brancos europeus ou
mesmo hindus cheios de colares no pescoço, pouco ou nada ensinaram
sobre a consagração interna ou esotérica que dariam a esses
objetos (e outros, às imagens inclusive) um poder de realização
tão grande que não seriam vistos apenas como adereços ou
fetichismo e sim com respeito e admiração por quem olhasse para
eles ou os visse de relance.
11º
– Que alguém, umbandista ou não, diga-nos se algum dia leu ou
ouviu de outrem algo sobre os fundamentos ocultos e esotéricos dos
colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas, imagens,
símbolos e demais objetos mágicos. Com certeza só ouviu dizer que
são fortes protetores contra isso ou aquilo... e nada mais. Já os
sábios hindus ou os velhos babalaôs sempre disseram e ensinaram
seus seguidores que esses adereços consagrados por eles ou segundo
suas fórmulas consagratorias (todas externas e exotéricas)
tornam-se poderosos talismãs ou patuás que dão proteção contra
isso ou aquilo.
12º
– Nós (e você) sabemos que nunca lhe ensinaram que aqueles
colares, braceletes, pulseiras, anéis, tiaras, coroas e demais
objetos mágicos usados nos seus trabalhos espirituais ou assentados
no seu terreiro têm outras finalidades além das de protegê-los ou
aos seus trabalhos, certo?
13º
– Até os seus guias espirituais (Caboclos, Pretos Velhos,
Crianças, Boiadeiros, Marinheiros, Baianos, Encantados, Exus,
Pombagiras, Exus Mirins, Ciganos, etc.) pouco lhes disseram sobre os
mistérios de seus objetos mágicos consagrados por eles externamente
("cruzados" por eles é o termo mais adequado), não é
mesmo?
14º
– Você usa os colares, pulseiras, braceletes, anéis, tiaras,
coroas, etc. que eles cruzam e sente-se protegido contra inveja,
mau-olhado, maus fluidos, etc. e não dá maior valor que o de
simples protetores, pois eles foram cruzados e ativados segundo
rituais ou processos externos, praticados por guias espirituais
impossibilitados de os fazer segundo o ritual ou processo interno,
que só pode ser feito a partir do lado material da vida, por uma
pessoa conhecedora desse mistério.
15º
– Se isso tudo está sendo revelado agora, um século após a
fundação da Umbanda, é para que os umbandistas deixem de procurar
em outras religiões ou nos cultos afros aqui estabelecidos os
fundamentos sagrados, ocultos e esotéricos (iniciatórios) de sua
religião, pois eles (todos, sem exceção) só revelam os
fundamentos externos e exotéricos abertos por eles e desconhecem os
fundamentos sagrados da Umbanda, que não sejam os deles.
16º
– Então, como um umbandista obterá com eles o que desconhecem
da Umbanda e só conhecem de suas próprias religiões e de suas
práticas mágico religiosas, que fazem por que funcionam?
17º
– Está na hora, pois ela chegou, de os umbandistas e suas
práticas começarem a ser copiados pelos adeptos das outras
religiões.
18º
– Também chegou a hora de eles (os praticantes das outras
religiões afros) respeitarem o poder mágico da Umbanda e pararem de
dizer, com a “boca cheia” de orgulho, que a Umbanda não tem
fundamentos e que a religião deles é que os têm.
19º
– Está na hora de os umbandistas descartarem as fórmulas
“secretas”, antiquadas e com fundamentos internos alheios e só
recorrerem a fórmulas consagratorias suas, muito bem fundamentadas
no lado divino de seus cultos, fórmulas estas muito mais poderosas
que as deles, pois as nossas são internas, iniciatórias,
consagratorias e sagradas.
20º
– A Umbanda é uma religião mágica que tem seus próprios
fundamentos e não precisa recorrer aos outros, que podem servir para
os seus adeptos, mas não servem para os umbandistas.
21º
– Chega de buscar fora, e com quem não tem nada a ver com a
Umbanda, o que não têm para dar aos umbandistas mas que não perdem
a oportunidade de se mostrar “poderosos” e de explorar a boa-fé
de pessoas mal orientadas dentro de nosso culto.
22º
– Chega de umbandistas entregarem suas “coroas” a meros
“fazedores de cabeça” que só querem sua escravidão e
subserviência, pois, após “fazerem a cabeça”, do mal-informado
umbandista, acham-se donos dele e de suas forças espirituais.
23º
– Está na hora, pois ela chegou, dos umbandistas sentirem mais
orgulho, de ter mais confiança em suas práticas mágico religiosas
e de olharem com indiferença ou como estranhas as práticas
mágico-religiosas alheias, que tanto não lhes pertencem como lhes
são dispensáveis mesmo!
Consagrar
uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um
procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser
usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias
espirituais.
O
procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de
iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos
dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente
são deixados nos altares por determinado número de dias para
receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os
guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente,
imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para
ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias
como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os
utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como
para-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas
negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais
pelos seus consulentes.
Os
procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas
têm sido estes e poucos têm mais alguns outros.
Eles
têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os
consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que
recebem de pessoas ou espíritos no dia a dia.
Mas
esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e
com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico
e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos
que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração
completa, terão 100% de poder.
Normalmente,
consagram-se ou se cruzam colares a pedido dos guias espirituais e
cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás
regentes.
Como
algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações
de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás
simbolizados nos colares usados pelos médiuns.
Na
confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª
— Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª
— Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu =
preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu =
preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e
vermelho; dourado).
Enfim,
há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos
orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade,
irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as
cores das energias irradiadas.
Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.
Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.
— O
uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos
umbandistas pois é privativo do Candomblé.
— "Quelê"
é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o
normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma
iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o
seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.
Para
a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
•
Oxalá = branca
• Nanã
= lilás
• Iemanjá
= azul leitoso
• Omolu
= branco-preto-vermelho
• Ogum
= vermelho
• Obaluaiê
= branco-preto
• Xangô
= marrom
• Exu
= preto e vermelho
• Iansã
= amarelo
• Pombagira
= vermelho
• Oxum
= azul-vivo
• Oxóssi
= verde
• Obá,
Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente.
Como
na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram
incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete
Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo
= fumê
• Obá
= magenta
• Oxumaré
= azul-turquesa
Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores.
Por
isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras
naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos
naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas
condensadas nas suas consagrações "internas".
Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.
Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas.
Então,
aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo
= quartzo fumê
• Oxum
= ametista
• Oxumaré
= quartzo azul
• Oxóssi
= quartzo verde
• Obá
= madeira petrificada
• Xangô
= jaspe marrom
• Egunitá
= ágata de fogo
• Ogum
= granada
• Iansã
= citrino
• Obaluaiê
= quartzo branco e turmalina negra
• Nanã
= ametrino
• Iemanjá
= água-marinha
• Omolu
= ônix preto — ônix verde
• Exu
= ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira
= ônix — ágata
Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo?
Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.
— Para
a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de
coquinhos.
— Para
a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas
recolhidas à beira-mar.
— Para
a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe
leopardo".
— Para
a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de
ametista, de água-marinha e quartzo branco.
Quanto
aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade
de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais
industriais, de sementes, etc.
No
capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares
de descarga.
Um
colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for
consagrado corretamente.
Então,
supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente,
vamos aos comentários necessários para que você comece
a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua
religião: a Umbanda.
Nós
sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de
espaços mágicos usados pelos praticantes de magia.
Sabemos
que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama,
etc, mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não
foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a
publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras
Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos
formados por velas.
Bem,
o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um
círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço
da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de
círculos maleáveis.
E,
por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um
espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo
recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias
as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.
Como
ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é
multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas
vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas
contra o seu usuário.
• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele
interage com as dimensões puras.
• Ele
interage com as dimensões bielementais.
• Ele
interage com as dimensões trielementais.
• Ele
interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele
interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele
interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele
interage com as dimensões heptaelementais.
E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens.
Os
guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou
para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses
colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou
anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam
espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a
locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios
também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos
seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos
multidimensionais.
Mas,
como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao
plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada
quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos
vibratórios na natureza.
Os
guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração
interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus
médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço,
trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações
elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então,
agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana,
sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou
identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que,
se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular,
certo?
E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.
E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.
Fundamentos
das Guias Por Rubens Saraceni O texto é parte integrante do Livro
"Formulário de Consagrações Umbandistas" do Autor Rubens
Saraceni / Ed.Madras
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